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Formação

Inicia sua formação em balé clássico com Raul Antonio e, posteriormente, com Bila D’Ávila, na escola do Teatro de Santa Isabel, nos anos 50. No Rio de Janeiro, estuda balé clássico com as professoras Leda Iuque e Nina Verchinina, ainda nessa época. No fim da década de 80, viaja para os Estados Unidos, para fazer aulas com vários mestres de balé clássico, entre eles, Yurgen Schneider e Janina Cunova. Na década de 80, participa de dois seminários sobre a técnica e metodologia russa de balé clássico para professores de dança, na Western Michigan University (USA). Tem formação em música, mais especificamente em Piano, Teoria e Solfejo. No Recife, foi aluna de música de Valdemar Almeida.

Atuação

Inicia sua formação em balé clássico com Raul Antonio e, posteriormente, com Bila D’Ávila, na escola do Teatro de Santa Isabel, nos anos 50. No Rio de Janeiro, estuda balé clássico com as professoras Leda Iuque e Nina Verchinina, ainda nessa época. No fim da década de 80, viaja para os Estados Unidos, para fazer aulas com vários mestres de balé clássico, entre eles, Yurgen Schneider e Janina Cunova. Na década de 80, participa de dois seminários sobre a técnica e metodologia russa de balé clássico para professores de dança, na Western Michigan University (USA). Tem formação em música, mais especificamente em Piano, Teoria e Solfejo. No Recife, foi aluna de música de Valdemar Almeida.

Professora

Inicia sua atuação como professora ainda na década de 50, substituindo Bila D’Ávila na escola do Teatro de Santa Isabel. Também ensina balé clássico, algumas vezes, no Curso de Danças Clássicas Flávia Barros, escola em que é sócia de Flávia Barros.

 

Passa a desenvolver constantemente a atividade de professora quando funda o Stúdio de Danças, em 1978, formando vários bailarinos nas décadas de 80 e 90.
Sobre o ofício de ensinar dança, declara:
“É uma doação de verdade; você dá a sua alma e seu corpo também, porque você sua numa aula, você se desgasta, você sofre quando uma pessoa não consegue fazer. E você tem que descobrir como explicar. Essa é a obrigação do professor, em vez de ficar chateado porque o aluno não está fazendo. (…) Aprendo cada dia mais, porque cada físico é especial. Então, apesar de uma aula coletiva, você tem que trabalhar individualmente. Cada um é de um jeito, e a dança trabalha como se você estivesse esculpindo um corpo”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Inicia sua atuação como professora ainda na década de 50, substituindo Bila D’Ávila na escola do Teatro de Santa Isabel. Também ensina balé clássico, algumas vezes, no Curso de Danças Clássicas Flávia Barros, escola em que é sócia de Flávia Barros. Passa a desenvolver constantemente a atividade de professora quando funda o Stúdio de Danças, em 1978, formando vários bailarinos nas décadas de 80 e 90.

 

Sobre o ofício de ensinar dança, declara:
“É uma doação de verdade; você dá a sua alma e seu corpo também, porque você sua numa aula, você se desgasta, você sofre quando uma pessoa não consegue fazer. E você tem que descobrir como explicar. Essa é a obrigação do professor, em vez de ficar chateado porque o aluno não está fazendo. (…) Aprendo cada dia mais, porque cada físico é especial. Então, apesar de uma aula coletiva, você tem que trabalhar individualmente. Cada um é de um jeito, e a dança trabalha como se você estivesse esculpindo um corpo”. (Rozenbaum, R. 2004)

Coreógrafa

Ao fundar o Stúdio de Danças, em 1978, inicia sua carreira como coreógrafa, montando e dirigindo os espetáculos realizados pela escola anualmente. Dentre os vários trabalhos apresentados por essa escola, destaca: a sua coreografia Entre-Cantos, do espetáculo Nos Bastidores (1981), baseado em quadros de Edgar Degas; os balés de repertório La Boutique Fantastique (1983); O Quebra Nozes (1987); e o espetáculo Carrossel dos Sonhos (1995).

 

Sobre esta criação, revela:
“Eu fiz um trabalho interessante quando minha mãe faleceu que se chamava Carrossel dos Sonhos. Era um trabalho que misturava teatro e dança também. E surgiu da vontade de colocar um carrossel de sonhos mesmo, de coisas passadas”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Sobre os mais importantes balés de repertório apresentados em sua escola, destaca:
“O Quebra-nozes é um balé montado no mundo inteiro na época de Natal e tem muita possibilidade de você colocar as crianças, de você incluir crianças dentro do repertório. Mas dois balés que acho muito bonitos, também aqui dançados, foram o Dom Quixote e Gisele. O segundo ato de Gisele é belíssimo”.
(Rozenbaum, R. 2004)

Outras atividades

Desde jovem, realiza alguns trabalhos na área de teatro, apresentando-se com peças do colégio em que estuda em Maceió. Na década de 60, em Recife, participa de montagens do Teatro Israelita de Pernambuco, TEIP, e do Teatro de Amadores de Pernambuco, TAP. A sua estréia como atriz na cidade foi na peça A Fábula da Lágrima, com roteiro e direção de Graça Melo.

 

Sobre a importância da sua formação em teatro para sua carreira em dança, explica:
“Fazia teatro, e essa parte de interpretação, de saber como conduzir as pessoas cenicamente, é um trabalho super importante para o balé. Então, o bailarino, de qualquer maneira, antes de qualquer coisa, é um grande intérprete. Se ele for um grande intérprete, é um grande bailarino. E assim, eu usava essas experiências em função da dança”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Em 1958, funda, juntamente com a professora e bailarina carioca Flávia Barros, o Curso de Danças Flávia Barros, uma das escolas mais atuantes na formação de bailarinos nos anos 60 e 70. No curso, atua como diretora-sócia, mas principalmente como pianista, contribuindo, com sua formação em música, para o funcionamento da escola.

 

Sobre sua atuação como pianista no Curso de Danças Clássicas Flávia Barros, comenta:
“Flávia dava um exercício, e eu sabia não somente o ritmo, mas a dinâmica de como eram dados os exercícios. Então, para mim, foi realmente uma coisa muito agradável e fácil de fazer, embora não fosse o que queria fazer realmente. Foi algo que surgiu como conseqüência de um trabalho que queríamos realizar juntas”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

E sobre a importância do Curso de Danças Clássicas Flávia Barros para Recife, relata:
“Eu acho que foi um curso de formação que deixou muita coisa plantada, até mesmo para a continuidade desse trabalho que eu estou tendo agora. A gente não pode, de jeito nenhum, deixar de valorizar isso, porque, realmente, foi um marco dentro da cidade do Recife”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Sobre o que aproveitou da estrutura física do extinto Curso de Danças Clássicas Flávia Barros, para construir o Stúdio de Danças, conta:
“Eu quis trazer as barras, porque eu achava que as barras, que eram de madeira, tinham o suor de muita gente boa e importante. (…) Para dar sorte, para o suor das pessoas conseguirem estimular a energia”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Em 1992, abre mais uma escola de dança na cidade, a Interdança, um trabalho paralelo ao Stúdio de Danças e cuja direção divide com Jane Dickie. A academia realiza vários espetáculos de dança, alguns em conjunto com o Stúdio de Danças, e leva coreografias para festivais de todo Brasil. Em 2000, o bailarino Luiz Roberto assume a direção da escola no lugar de Jane Dickie, mas, em 2001, a Interdança encerra as atividades.

 

Dentro das iniciativas para a dança na cidade, a entrevistada conta sobre a construção do Teatro Ribalta, em 1997, dentro do Stúdio de Danças:
“Esse espaço foi criado através do sonho de ter um teatro para a gente trabalhar, para a gente se apresentar, ter espetáculos diversos, para ver teatro, dança, música. A gente não tinha teatros, nessa época. O Teatro de Santa Isabel estava fechado, o Parque estava muito ruim, e a gente queria ter um espaço de dança, só que a gente não conseguiu terminar tudo, nós temos só o palco”. (Rozenbaum, R. 2004)

Processos criativos

Ao longo de sua carreira, cria espetáculos exclusivamente para a escola que dirige, o Stúdio de Danças. Os temas escolhidos para suas criações vêem de motivações diferentes, seja por sentimentos pessoais, ou até por razões didáticas, quando, por exemplo, monta um balé de repertório, visando ao aprofundamento do conhecimento dos alunos de sua escola sobre obras clássicas da dança. Mas, em geral, os temas selecionados para as montagens da escola são discutidos conjuntamente com a equipe do Stúdio de Danças. A música é um elemento forte em suas criações, devido à sua formação musical, tendo servido de inspiração até para temas de espetáculo, como o caso de Mozartianas, montado em homenagem ao aniversário de Mozart.

 

Sobre a importância da música para sua criação, conta:
“O que eu já criei de coreografias foi sempre muito em função da música. Eu fiz um balé muito bonito, que era baseado na Cantata de Bach. Era a cantata 147 de Bach, que tinha uns 40 minutos de dança mais ou menos, e era toda cantada. Esse balé foi muito bom”. (Rozenbaum, R. 2004)

 

Ao montar balés de repertório, o processo de criação do espetáculo é baseado em vídeos de companhias famosas, utilizando a composição musical e roteiro original, mas adaptando algumas coreografias para as crianças da escola dançarem. Algumas partes originais da coreografias são interpretadas pelas bailarinas adiantadas da escola. Além disso, tem preocupação em aprofundar o conhecimento dos alunos sobre o tema apresentado, como conta:
“Nós fazemos um relatório pra todo mundo sobre o espetáculo, sobre o personagem, sobre a música, sobre o compositor, sobre o coreógrafo, e a gente estuda um pouquinho sobre esse tema”. (Rozenbaum, R. 2004)

Cronologia Profissional

1958 – Recife PE – co-fundadora do Curso de Danças Flávia Barros
1961- Recife PE – atriz da peça A Fábula da Lágrima, do Teatro Israelita de Pernambuco, TEIP – Teatro de Arena
[196_] – Recife PE – atriz da peça Um Sábado em 30, do Teatro de Amadores de Pernambuco, TAP – Teatro Waldemar de Oliveira
1978 – Recife PE – fundadora, diretora, coreógrafa e professora do Stúdio de Danças
1979 – Recife PE – diretora e coreógrafa no espetáculo Um pouco de Nós, do Stúdio de Danças – Teatro de Santa Isabel

Observações

As informações desta biografia foram atualizadas pela última vez em maio de 2004.

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