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Registro em audiovisual de entrevista com Gilson Santana (Mestre Meia Noite), realizada pela equipe do Acervo RecorDança.

2013

ocal: Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, Campina do Barreto, Recife, Pernambuco, Brasil

Duração: 52 minutos

Realização: Acervo RecorDança

Ficha Técnica

Captação de imagem: Diogo Luna

Captação de som: Diogo Luna

Entrevistadoras: Dani Santos e Liana Gesteira

Entrevistado: Gilson Santana (Mestre Meia Noite)

 

Hospedagem: Vimeo

Tipo de arquivo: mp4

Suporte original: mp4

Colorido

Não editado

Português

 

Doadora: Liana Gesteira

Doado em 30 de outubro de 2013

 

Detentor dos direitos autorais: Acervo RecorDança

 

Direitos de uso: este vídeo não pode ser reproduzido sem consentimento do detentor dos direitos autorais.

 

Fonte: SANTANA, Gilson Jose de. Gilson Jose de Santana: depoimento [2013]. Entrevistadoras: S. Daniela e G. Liana. Recife: 2013. Entrevista concedida ao Projeto Acervo RecorDança.

 

Informações institucionais: entrevista concedida para o projeto de pesquisa “Mapeando o Entrelugar da Dança Popular”, incentivado pelo FUNCULTURA, com a pesquisadora Liana Gesteira como proponente.

Biografia

Nascimento: 1954

Gilson José de Santana, mais conhecido como Mestre Meia Noite, é fundador do Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo (1988). Para a pesquisa Mapeando o Entrelugar da Dança Popular**, através da qual este texto foi produzido, a atuação de Meia Noite se mostra importante pelo seu trabalho como professor de danças populares e capoeira e também pela sua atuação como dançarino em diversos grupos da cidade, como o Balé Popular do Recife e o Balé Primitivo de Arte Negra. Mestre Meia Noite também é um capoeirista reconhecido no país e no exterior, tendo viajado pela África difundindo os seus conhecimentos.

 

Meia Noite nasce na Bomba do Hemetério, em Recife e sua relação com a dança, e com as manifestações populares começa na tradição familiar e religiosa, a partir do Candomblé e das brincadeiras de Maracatu Rural e Bumba meu Boi. Sua experiência mais formal de aprendizado na dança e teatro acontece na Escola Sebastião Lima em Água Fria, com a professora Ilza Cavalcanti, a partir de aulas de Teatro e Expressão corporal, e da participação em festivais escolares.

 

No final da década de 70 ingressa no Balé Popular do Recife, onde foi solista de frevo e atuante como capoeirista e dançarino afro. Segundo Meia Noite, ele e Raimundo Branco, foram convidados pelo diretor André Madureira “para fazer o quadro da capoeira e o quadro da dança afro” no espetáculo do grupo. Meia Noite explica que seu aprendizado com capoeira e dança afro acontecerá de forma autodidata e que a partir do contato com o Mestre Zumbi Bahia, durante aulas ministradas por ele no espaço do Boi Castanho, de Antônio Nóbrega, no mesmo período em que ingressou no BPR, aprofunda seus conhecimentos na área. “Zumbi nos formou como instrutores e professores para trabalhar em outros campos, por exemplo, no Sesi, no Sesc, e nas escolas comunitárias passando a mensagem da capoeira e suas ramificações” (SANTANA, 2013). O contato com Mestre Zumbi Bahia também proporciona seu ingresso como dançarino no Balé Primitivo de Arte Negra em 1981.

 

Sua atuação no movimento negro faz parte de sua trajetória, tendo participado do Movimento do Negro Unificado e do Movimento de Negros Independentes.
Nos anos de 1986 e 1987 Meia Noite viaja por cidades da Costa do Marfim, de Zimbabue, de Moçambique, e de Mali para ensinar e apresentar danças brasileiras. Ao retornar a Pernambuco, ganha um terreno de sua família para construção do Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo (1988) que funciona como um centro de formação de crianças e adolescentes em cultura afro, com aulas de dança, música, filosofia e reforço escolar.

 

Além de se professor e dirigir o centro Daruê Malungo, Mestre Meia Noite também atua como dançarino, músico e capoeirista em espetáculos criados por diferentes grupos da cidade como em Imagem (1996) da Cia Cais do Corpo, em Zambo (1997) do Grupo Experimental, em no trabalho Versão: Ao Vivo, de Peter Dietz (2002). Nos anos de 2011 a 2014 integra o elenco de dançarinos que atuam na aula-espetáculo de Ariano Sussuna, que circula pelo interior de Pernambuco e levando a discussão sobre a Dança Armorial e o pensamento do autor.

Fontes

GEHRES, Adriana de Faria. O Mundo da Dança, Palco de muitas Escolas: um estudo das representações do conhecimento popular em um projeto de educação popular. Dissertação de Mestrado. Centro de Educação, UPE.
SANTANA, Gilson José de: depoimento [2013]. Entrevistadores: L.G. Costa e D. Santos. Recife: 2013. Entrevista concedida ao Projeto RecorDança.
Site http://darueponto.blogspot.com.br, acesso em 04 de maio de 2013.

Observações

*Esse texto foi escrito por Daniela Santos, Liana Gesteira Costa, Valéria Vicente.
** A pesquisa Mapeando o Entrelugar da Dança Popular foi desenvolvida pelo Acervo RecorDança no ano de 2013 com o objetivo de contribuir para o entendimento das diferentes abordagens de dança que, em Recife, articulam espetáculos com base no vocabulário de tradições populares brasileiras.
Para compreender as especificidades dessa produção e refletir sobre as semelhanças e diferenças desses grupos e do que se convencionou chamar de grupos parafolclóricos, foram escolhidos 10 artistas para apresentar suas trajetórias e dos grupos que fazem ou fizeram parte.
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