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Formação

Inicia sua trajetória em dança no Colégio Mater Christie, aos oito anos de idade, no ano de 1971, com a professora Enila Rezende que utiliza a técnica de improvisação de Maria Fux, tendo aulas durante sete anos.

 

Entra no Balé Popular do Recife em 1982, como estagiária, mas logo em seguida integra o corpo de baile e permanece no grupo por seis anos, onde aprende as danças populares organizadas pelo grupo. Conclui o curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco em 1987 e ingressa no curso de pós-graduação em dança pela Universidade Federal da Bahia. Durante a década de 80, participa de vários cursos no Stúdio de Danças, com diferentes professores, como, por exemplo, Laura Proença.

 

Em 1991, ao morar em Paris, aprofunda seu conhecimento na técnica de dança moderna com Laura Proença e com o professor Hans Zulig, mestre da escola alemã de Wuppertal. Ao ingressar no curso de Dança da Universidade de Sorbonne (França), onde realiza seu mestrado, entra em contato com a dança contemporânea, tendo aulas com Karine Saporta, Dominique Dupuy, João Pinheiro, Gorge Aippaix, entre outros.

 

Sobre sua formação diz:
“Maria Fux e Enila de Rezende foram a minha primeira formação, meu primeiro contato com a dança. Também Silvia Madureira, que foi a minha mestra no Balé Popular, e foi ela que me passou essa história de braço, dançar para cima. Ela tinha uma postura em cena, tinha um corpo cênico que me encantava. Eu me inspirei muito nela. E ainda Antúlio Madureira, que fazia os personagens centrais e era um bailarino maravilhoso. A gente ficava brincando junto, com as pelejas de frevo, de xaxado, e aquilo ia passando. Ele era mestre sem saber, ele era bom mesmo e emanava, e a gente ia pegando. Já Laura Proença foi minha formação mais sólida sobre noções técnicas do trabalho corporal.” (Rego, M. P. 2004)

Atuação

Fundadora do Grupo Grial, em 1997, Maria Paula Costa Rêgo destaca-se por dar continuidade à proposta de Ariano Suassuna de desenvolver uma dança Armorial que uniria em uma só linguagem elementos da cultura popular brasileira e da cultura erudita. Desde sua criação, o Grupo Grial consolida uma trajetória de constante produção e circulação de espetáculos em Pernambuco e outros estados do Brasil, sob a direção de Maria Paula. Anteriormente ao Grupo Grial, Maria Paula já se constituía como referência na cidade pela sua atuação como solista no Balé Popular do Recife, durante a década de 80.

 

Em 2004, ministra aulas de dança contemporânea na Casa do Grial, espaço cultural criado para difundir a linguagem do grupo. Continua dirigindo e coreografando o Grupo Grial.

Coreógrafa

Seus principais trabalhos são: a coreografia Os Homens das Coroas de Cobre, que gera um vídeo-dança (1991); trabalhos desenvolvidos na companhia de rua francesa Les Passagers (1994 –1998); o espetáculo Estar-se Preso por Vontade (1998), que é um duo inspirado em poemas de Luiz de Camões, com músicas de Villa Lobos; o espetáculo A Demanda do Graal Dançado (1998), que é uma adaptação da novela de cavalaria encenada em Portugal no Século XV, que retrata a busca do divino; o espetáculo Auto do Estudante que se vendeu ao Diabo (1999) que é inspirado na literatura de cordel e retrata a ambição humana; e espetáculo As Visagens de Quaderna ao Sol do Reino Encoberto (2000), inspirado no romance A Pedra do Reino de Ariano Suassuna e que retrata a loucura humana, o espetáculo Uma Mulher Vestida ao Sol – Romeu e Julieta inspirado na obra de Ariano Suassuna; e o espetáculo Folheto V – Hemisfério Sol encenado no plano vertical, onde os bailarinos dançam utilizando a técnica de rapel.

 

Sobre seu trabalho como coreógrafa:
“ Eu gosto de ser coreógrafa,(…) , ser coreógrafa é tudo, é onde eu sinto meu chão.” (Rego, M. P. 2004)

Professora

Em 1983, começa a ensinar no grupo de dança do Colégio Contato, onde, segundo ela, já utiliza elementos da dança contemporânea junto à dança popular, com passo de frevo, maracatu, etc. Em 1984, funda o Balé Apsaras com este grupo de alunos do colégio Contato. Na década de 80, ensina na Fundação Joaquim Nabuco e na Escola de Frevo. Quando reside na França, na década de 90, dá aulas de dança popular esporadicamente. Após retornar para Recife, no fim dos anos 90, ensina técnicas de dança contemporânea e improvisação em oficinas pelo interior de Pernambuco e dentro do Grupo Grial.

 

Sobre ser professora revela:
“Eu gosto de ensinar para bailarino já formado, eu acho que eu sou muito exigente no acabamento do movimento, e é lógico que o aluno não tem consciência ainda do corpo, ele está aprendendo a mudar a qualidade do movimento, e eu já quero a qualidade do movimento ali na hora quando eu dou um passo.” ( Rego, M. P. 2004)

Bailarina

Como bailarina, integra o elenco do Balé Popular do Recife (1982-1988); e participa de espetáculos da companhia de rua francesa Les Passagers (1994 – 1998) e a Cia. de Cláudio Bernardo de Dança Contemporânea em 1986, em Bruxelas na Bélgica.
Seus principais espetáculos são: o espetáculo Prosopopéia – O Auto do Guerreiro (1982), no Balé Popular do Recife; o espetáculo Nordeste – A Dança Do Brasil (1987), no Balé Popular do Recife, que é uma coletânea das Danças do Nordeste; o Espetáculo Estar-se Entregue por Vontade (1997), que busca retratar o amor; e todos os espetáculos que cria para o Grupo Grial, como: A Demanda do Graal Dançado, que é uma adaptação da novela de cavalaria encenada em Portugal no Século XV, que retrata a busca do divino (1998); o espetáculo Auto do Estudante que se vendeu ao Diabo que é inspirado na literatura de cordel e retrata a ambição humana (1999); o espetáculo As Visagens de Quaderna ao Sol do Reino Encoberto, inspirado no romance A Pedra do Reino de Ariano Suassuna e que retrata a loucura humana (2000); o espetáculo Uma Mulher Vestida ao Sol – Romeu e Julieta (2001) inspirado na obra de Ariano Suassuna; e o espetáculo Folheto V – Hemisfério Sol (2003) encenado no plano vertical, onde os bailarinos dançam utilizando a técnica de rapel.

 

Sobre a atuação com bailarina, revela:
“Eu fui plenamente bailarina no Balé Popular, porque eu não tinha outras responsabilidades, eu só tinha que me preocupar comigo mesmo enquanto bailarina, só tinha que exercer o meu papel. No Balé, era aquilo meu compromisso: era estar em cena. Então, na verdade, em nenhum outro lugar eu senti o prazer que eu sentia quando eu dançava no Balé Popular.” (Rego, M. P. 2004)

Processos criativos

Tem como elemento motivador na sua criação a literatura, e utiliza, com freqüência, textos do escritor Ariano Suassuna para criação de seus espetáculos. Procura em uma obra: texto, palavras, que retratem aspectos da condição humana, como amor, ambição, etc. Costuma participar das manifestações populares, como as rodas de cavalo-marinho, os cortejos de maracatu e desfiles de caboclinhos, para aprender os passos e absorver a estética da brincadeira, mas diz que a construção do movimento na hora da criação vem através dos próprios bailarinos, em aula ou ensaios. Por isto, procura sempre motivar os bailarinos do grupo a freqüentarem os folguedos, para que possam perceber sozinhos as características e contextos acerca das brincadeiras populares.

 

Quanto à escolha das músicas, sempre busca pela melodia Armorial que lhe encaminhe ao que ela diz haver de “contemporaneidade intrínseca na própria estética popular”.

 

Sobre a transformação dos passos revela:
“Os passos que têm a magia, têm a essência que é possível de ser transformada, e têm passos que não. Então, os próprios bailarinos, quando a gente está aqui na sala, já mostram essa essência sendo transformada. Não sou eu que faço esta transformação, eu apenas vejo. Então eles vão mudando de acordo com o que eu vou pedindo, sussurrando, e eles vão fazendo, até que é aquilo, é uma coisa feita em conjunto.” (Rego, M. P. 2004)

Cronologia Profissional

1982 – Recife PE – bailarina do espetáculo Prosopopéia – O auto do Guerreiro, no Balé Popular do Recife – Teatro Beberibe
1983 – Recife PE – professora do Grupo de dança do colégio Contato
1984 – Recife PE – fundadora do Balé Apsaras, do Colégio Contato
1987 – Recife PE – bailarina no espetáculo Nordeste – A dança do Brasil, no Balé Popular do Recife – Teatro Beberibe
1991 – Recife PE – coreógrafa e bailarina da Vídeo-dança Os homens das Coroas de Cobre – Lixão do Recife
1992 – Paris França – coreógrafa e bailarina do espetáculo Mulheres das Coroas de Cobre, França
1994/1998 – Paris França – bailarina na companhia de rua Les Passagers
1997 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do espetáculo A Demanda do Graal Dançado, no Grupo Grial de Dança – Teatro Arraial
1999 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do espetáculo Auto do Estudante que se vendeu ao Diabo, no Grupo Grial de Dança – Teatro Arraial
2000 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do As Visagens de Quaderna ao Sol do Reino Encoberto, do Grupo Grial de Dança – Teatro Arraial
2001 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do espetáculo Uma Mulher Vestida ao Sol – Romeu e Julieta, no Grupo Grial de Dança – Teatro Arraial
2003 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do espetáculo Folheto V – Hemisfério Sol, no Grupo Grial de Dança – Estrutura montada em frente ao Armazém 14
2003 – Recife PE – coreógrafa, diretora e bailarina do espetáculo O Pasto Iluminado, pelo grupo Grial de Dança – Ateliê de Coreógrafos Brasileiros

Observações

As informações desta biografia foram atualizadas até maio de 2004.

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