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ROLAR PARA BAIXO

Formação

Em 1963, inicia sua formação em balé estudando o método Royal de Ballet, com a professora Dora Resende Fabião, em Caxias do Sul. Conclui todos os exames exigidos para formação pelo Método Royal de Ballet, em 1977, e se dedica à busca de novas técnicas de dança. Entre 1974 e 1980, cursa disciplinas de Educação Física, na Universidade de Caxias do Sul, UCS. Durante a década de 80, especializa-se na técnica de jazz e aprofunda seus conhecimentos em sapateado e dança moderna, viajando cerca de duas vezes por ano, para fazer cursos no Rio de Janeiro, São Paulo e em Nova Iorque (Estados Unidos). Nessa época, faz aulas de jazz, no Brasil, com: Carlota Portela (Rio de Janeiro); Vilma Vernon (Rio de Janeiro); Lennie Dale (Rio de Janeiro); Marly Tavares (Rio de Janeiro); Ismael Guiser (São Paulo); Joyce Ballet (São Paulo); Inês Aguiar (São Paulo); e Tânia Nardine (Rio de Janeiro). Em suas viagens para o exterior, faz cursos com os seguintes professores de jazz: Jo Jo Smith (Estados Unidos); Sheron Romeho (Estados Unidos); Fred Benjamin (Estados Unidos); Cecília Marta (Estados Unidos); Frank Hatchett (Estados Unidos); Jeffrey Ferguson (Estados Unidos); Jinny East (Estados Unidos); Rui Horta (Estados Unidos) e no estúdio de Alvin Ailey (Estados Unidos). Na técnica de sapateado, tem aulas com: Judy Bassing (Estados Unidos); Zdenek Hampl (República Tcheca / Recife); e Tânia Nardine (Rio de Janeiro). Sua formação em dança moderna é decorrente de aulas: no Martha Graham Studio (Estados Unidos); com Clyde Morgan (Estados Unidos); com Suzana Yamauchi (São Paulo); e com Suyenne Simões (Recife). Também experimenta cursos em outras técnicas, como dança africana, com Elísio Pita (Bahia); consciência do corpo, com Laura Proença (Recife); dança para teatro, com Valerie Camile (Estados Unidos). Na década de 90, especializa-se em dança do ventre, fazendo cursos no Brasil, na Inglaterra e no Egito, com professores como: Yasmim (Turquia); Shamis (São Paulo); Najua (São Paulo); Jacqueline Chapman (Inglaterra); Tina Hobbin (Inglaterra); Ragia Hassan (Egito); Samia Allouba (Egito); Mohamed Reda Company (Egito); Soraya (São Paulo); e Lulu Sabongi (São Paulo). A partir de 1999, adquire conhecimento em yoga, estudando com: Paulo Roberto (Recife); Hemógenes de Andrade Filho (Rio de Janeiro); Shotaro Shimada (São Paulo); Paulo Murilo Rosas (Rio de Janeiro); Ligia Lima (Rio de Janeiro); Beryl Bender Birch (Estados Unidos); Joe Miller (Estados Unidos); Thea Frey (Estados Unidos) e Cindy Lee (Estados Unidos).

 

Sobre a mudança, em sua formação, do balé clássico para outras técnicas, diz:
“Quando eu estava com os meus 17 anos, e terminei minha formação em balé clássico, eu já estava querendo ver o que tinha de mais moderno em dança, e era jazz. Foi quando eu entrei de cabeça na técnica do jazz. Algo que me fascinava era a música. Depois vieram as outras técnicas juntas: o moderno, o contemporâneo e o tap dancing (sapateado americano), de que eu gostava muito.” (Sehbe, I. 2004)

Atuação

É professora importante para o cenário artístico de Recife, na década de 80, por trazer, na época, novas técnicas de dança para os bailarinos locais. Neste período, conhecida pelo nome de Isabel Peixoto, ensina jazz, moderno e sapateado, em algumas das principais academias da cidade, sendo responsável pela formação de muitos bailarinos nessas técnicas. Seu trabalho de produção, direção e coreografia também têm destaque local. Produz e coreografa espetáculo comemorativo dos 450 anos do Recife, inspirado na obra de Gilberto Freyre, Sobrados e Mocambos, em 1987. Dirige, junto com Guilherme Coelho, o espetáculo Cabaré Voador, que realiza apresentações de dança, teatro e circo todas as semanas, fazendo parte do projeto Circo Voador, no ano de 1986. Na década de 90, ministra aulas e produz festivais de dança do ventre em Recife e, a partir de 1999, atua como professora de yoga na cidade.

 

Em 2004, trabalha como produtora do músico Pablo Arrieta e ensina yoga nas academias Fitness, Maysa e Ária Espaço de Dança e Arte. Nesta última, ministra também aulas de dança do ventre.

Bailarina

Como bailarina, destacam-se os seguintes espetáculos de sua carreira: Dançar a Vida (1978), Passos e Compassos (1979) e Raça Brasil (1980), os três com direção de Waldir dos Santos. No Recife, dança nos espetáculos: Flash Back (1982), que retrata a trajetória da história do jazz; Terra Nua Ser Mutante (1984); Arco-íris (1984); Corsário (1985); Emoção (1986); Cabaré Voador (1986); e Raça Brasil, balé comemorativo dos 450 anos do Recife, baseado em Sobrados e Mocambos, de Gilberto Freyre, com direção de Guilherme Coelho (1987). Dança, ainda, no teatro de revista Tal e Qual Nada Igual (1986), com direção de Guilherme Coelho.

Professora

Inicia sua carreira como professora, aos 17 anos, em sua própria academia, chamada Academia de Danças Be Bop, na cidade de Caxias do Sul. Em 1981, vai para o Recife e, durante a década de 80, ensina jazz e dança moderna, nas seguintes academias: Academia Lucio Lins; Academia Arte e Movimento; Academia Marlene Vilarinho; e Academia Arte Viva. Na década de 90, ensina dança do ventre na Academia Ária Espaço de Dança e Arte, e, a partir de 1999, atua como professora de yoga nas academias Fitness, Maysa e Ária Espaço de Dança e Arte.

 

Sobre sua atuação como professora na década de 80, revela:
“No momento em que estava no Recife, eu estava muito ligada à Nova Iorque, com muitos métodos novos. Na época, muitas das minhas aulas eram baseadas em Alvin Ailey, que usava música ao vivo. Me lembro que cheguei ao Recife e entrei em contato com o conservatório de música para contratar um baterista. Então eu tive música ao vivo nas aulas.” (Sehbe, I. 2004)

 

A respeito de como são recebidas suas aulas ao chegar ao Recife, conta:
“A receptividade em Recife foi muito grande. Eu lembro que, na época, eu tinha uma média de 150 alunos. Era muita gente. Na Arte Movimento, que era bem grande, tinha umas 30 pessoas em sala de aula.” (Sehbe, I. 2004)

Coreógrafa

Seu trabalho como coreógrafa começa em Caxias do Sul, 1977, com o Grupo Raça Brasil, formado por suas alunas, e no qual atua como bailarina também. No Recife, tem trabalhos de coreografia para: o espetáculo Flash Back (1982), que retrata a trajetória da história do jazz; o espetáculo Terra Nua Ser Mutante (1984), junto com Suyene Simões; o espetáculo Arco-íris (1984); o espetáculo Corsário (1985), junto com Suyene Simões; o espetáculo Emoção (1986); a peça Viva Cordão Encarnado (1986), de Luis Mendonça; o teatro de revista Tal e Qual Nada Igual (1986), com direção de Guilherme Coelho; o espetáculo Cabaré Voador (1986), atuando como diretora junto com Guilherme Coelho; e o espetáculo Raça Brasil, balé comemorativo dos 450 anos do Recife, baseado na obra de Gilberto Freyre, Sobrados e Mocambos, com direção de Guilherme Coelho (1987).

 

Sobre coreografar para peças de teatro, comenta:
“Teve uma área que gostei muito, que foi coreografia teatral. Para mim, a pessoa que incentivou isso foi Bóris Trindade, um grande produtor. Na época, ele me convidou para coreografar ‘Tal e Qual Nada Igual 2’, que é um teatro de revista. Foi um sucesso, e englobava dança, teatro e canto, dentro da linha de revista mesmo.”(Sehbe, I. 2004)

 

Sobre a época do Cabaré Voador, conta: “Foi uma época muito viva de dança, de noite de espetáculo, de cultura. A gente contratava uma média de 40 artistas por terça-feira, de todas as áreas, de circo, de teatro, de dança. Era um grande espetáculo de variedades.” (Sehbe, I. 2004)

Processos criativos

Em geral, a inspiração para sua criação vem do cotidiano, com temas sugeridos pelo dia-a-dia. Sobre isso, comenta:
“Para se trabalhar contemporâneo, moderno ou jazz, os temas são muito do cotidiano. (…) Então, a inspiração vinha de coisas muito simples, muito da rua.” (Sehbe, I. 2004)

 

Mas também faz trabalhos baseados em obras literárias ou propostos por diretores de teatro, ao coreografar uma peça, e, para isso, utiliza-se de pesquisa. Ela exemplifica, contando sobre a criação do espetáculo Raça Brasil II:
“Em Sobrados e Mocambos, por exemplo, eu selecionei a trilha sonora e teve todo um trabalho de mergulhar no espetáculo. Tem uma emoção, é preciso sentir o que era cada momento do espetáculo e fazer a ligação entre os temas. Ou seja, tem um grande trabalho de laboratório antes.” (Sehbe, I. 2004)

 

Costuma fazer pesquisa musical para seus trabalhos, mas tem seus compositores e músicos preferidos. Geralmente são artistas ligados ao jazz, por usar muito dessa técnica de dança em sua carreira, mas também utiliza músicos brasileiros.

 

Sobre suas preferências musicais na década de 80, revela:
“Nas minhas épocas de jazz, eu tinha preferências musicais, como Herbie Hancock, Pat Metheny e até o percussionista Naná Vasconcelos. No próprio Raça Brasil, na chegada dos escravos, a gente usava o disco Codona, de Naná. Mas sempre em cima desses pilares de jazz.” (Sehbe, I. 2004)

Cronologia Profissional

1978 – Caxias do Sul RS – coreógrafa e bailarina do espetáculo Dançar a Vida
1979 – Caxias do Sul RS – coreógrafa e bailarina do espetáculo Passos e Compassos
1980 – Caxias do Sul RS – coreógrafa e bailarina do espetáculo Raça Brasil
1982 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Flash Back da Academia Arte e Movimento
1982 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Terra Nua Ser Mutante da Academia Arte e Movimento
1984 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Arco-Íris da Academia Arte e Movimento – Teatro de Santa Isabel
1985 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Corsário, da Academia Arte e Movimento – Teatro do Parque
1985 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Da magia a Alegria, da Academia Arte e Movimento – Teatro do Parque
1986 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do espetáculo Emoção da Academia Arte e Movimento – Teatro de Santa Isabel
1986 – Recife PE – coreógrafa e bailarina do teatro de revista Tal e Qual Nada Igual
1986 – Recife PE – coreógrafa da peça Viva Cordão Encarnado
1986 – Recife PE – diretora, coreógrafa e bailarina do espetáculo Cabaré Voador – Circo Voador
1987 – Recife PE – produtora, coreógrafa e bailarina do espetáculo Raça Brasil – Balé Comemorativo dos 450 da Cidade do Recife
1989 – Recife PE – coreógrafa do evento Festivais das Nações
1991 – Recife PE – coreógrafa do espetáculo Noites Ciganas
1992 – Recife PE – coreógrafa do espetáculo Paris Ici
1997 – Recife PE – produtora do I Festival de Dança do Ventre
1998 – Recife PE – produtora do II Festival de Dança do Ventre
1999 – Recife PE – produtora do III Festival de Dança do Ventre

Observações

As informações desta biografia foram atualizadas até maio de 2004.

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