Resultados

está vazio...

Carregando

ROLAR PARA BAIXO

Formação

Inicia sua trajetória na dança popular, em 1982, com Amélia Conrado e Valdir Nunes, ambos do Balé Popular do Recife. Através do contato com estes dois bailarinos, é chamado para integrar o elenco do Balé Popular em 1986, e é lá que, com professores como Ana Madureira e Silvia Madureira, aprofunda seus conhecimentos em dança popular cênica. A partir de 1989, busca outras técnicas em dança, como o balé clássico, com Edite Barros, e, na década de 90, o contemporâneo, com Tony Luz e Mônica Lira. Em ida à França, no final da década de 90, faz aulas de jazz, balé clássico, modern jazz e can can.

 

No teatro, sua formação baseia-se nos cursos disponibilizados pelo SESC, a exemplo de Técnica de Leitura e Interpretação de texto, ambos com José Manuel (1985).

 

Sobre sua formação, relata:
Tudo que Amélia via e aprendia no Balé Primitivo (de Arte Negra) e no Balé Popular passava para mim, que era seu pupilo. A dança popular e a dança afro começaram a aflorar na minha mente. É bom registrar que outras pessoas também importantes na minha formação foram Ana Madureira, (…) de uma expressividade ímpar na dança, e Silvia Madureira, que, na época, preparava os solistas de frevo do Balé Popular do Recife”.(Junior, O. 2004 )

Atuação

Como bailarino, integra, a partir de 1984, o Balé Popular do Recife, no qual, em pouco tempo, passa a ser solista. Contribui para a consolidação do Balé Brincantes, que, entre outros grupos formados por ex-bailarinos do Balé Popular do Recife, é marcante para a história da dança popular, por expandi-la para além do percurso do Balé Popular do Recife. Em 1989, funda a Cia Trapiá de Dança, junto com Valdir Nunes, uma das mais representativas companhias de dança popular em Recife.

 

Em 2004, continua a dirigir a companhia e nela coreografar, além de dar aulas de dança popular na Casa da Cultura.

Coreógrafo

Seus principais trabalhos como coreógrafo são: o espetáculo Frevo, capoeira e Passo (1988), uma aula-espetáculo; o espetáculo Chegança (1991), que é constituído de todo o repertório das danças tradicionais da Região Nordeste e que passa a nomear um método de criação de espetáculos futuros; o espetáculo RÉGIA – A Lenda (1992), sobre os Índios do Nordeste brasileiro e os índios da Região dos Andes, com músicas compostas pelo grupo Alma em Água; o espetáculo Estrados (1994) que faz um paralelo entre as vidas do português Zé do Telhado e do brasileiro Lampião; e o espetáculo Alguém esqueceu Mestre Vitalino (2003), que conta a história do Mestre Vitalino, um artesão do agreste Pernambucano.

 

Sobre sua história como coreógrafo, conta:
“A Companhia Trapiá surgiu em 1989, porque eu era muito inquieto, já fazia coreografias nos espetáculos de teatro, porque, como eu dizia a André Madureira, o meu momento no Balé Popular do Recife era passageiro. Eu tinha outros objetivos e fazia muitos cursos, estudava muito, e, quando saí do Balé Popular, comecei a convidar pessoas de dança com nomes expressivos na cidade, para dar curso aos bailarinos do Trapiá, porque o grupo ainda não tinha nome. Chamei Edite Barros (balé clássico), Bernadino (Maracatu Nação Pernambuco), Xerife, que era do Balé de Cultura Negra, entre outros. Eu e Valdir Nunes, com o popular, pesquisamos bastante também em outros lugares, e com a nossa experiência, montamos a companhia”.(Junior, O. 2004)

Bailarino

Inicia suas apresentações em dança nas peças em que atua, como o Gato Malhado (1982), com direção de Augusta Ferraz, através da qual se destaca e é chamado para integrar o elenco do Balé Popular do Recife (1984). No Balé Popular do Recife, é bailarino solista nos Espetáculos Prosopopéia- O Auto do Guerreiro (1986) e Nordeste – A dança do Brasil (1987); também é bailarino solista no espetáculo Magia, do Balé Brincantes, com coreografias de Alexandre Macedo e Raimundo Branco; na Cia Trapiá, é bailarino solista nos espetáculos Chegança (1991), que é constituído de um repertório das danças populares do Nordeste; e Estrados (1994), que faz uma relação entre Zé do telhado, um bandoleiro português, e Lampião, o rei do cangaço.

Ator

Encena as peças infantis Galo Jackson I, II e III (1992, 1993 e 1994, respectivamente), que o fazem ficar conhecido. No teatro, suas principais atuações foram na peça infantil Como a Lua (1982), com texto de Vlademir Capella e direção cênica de José Manuel; e o espetáculo adulto Muito Pelo Contrario [198_], com texto de João Falcão.

 

Sobre a ligação estreita entre suas atuações como bailarino e ator, conta:
“Eu me tornei bailarino porque, como ator, eu tinha deficiência na dicção, então eu queria suprir uma coisa com outra, e fui fazer dança”. (Junior, O. 2004)

Processos criativos

Os elementos inspiradores de sua criação são os valores e símbolos de Pernambuco e do Nordeste. Sua forma de organizar a dança consiste em contar sua história através da dança, pois acredita que a dança popular é um auto, de caráter dramático e narrativo.

 

Procura fazer uma releitura dos autos populares, abrindo mão de ícones e estereótipos que, segundo ele, marcam a cultura popular, a exemplo da associação corriqueira entre o xaxado e a figura de Lampião. Portanto, prioriza o passo, adaptando-o a cada espetáculo. O elemento que aponta como presente em todas as suas criações são as características do estilo elétrico e dinâmico que se atribui. O que busca nos bailarinos é que estejam engajados com cada espetáculo. Sobre o seu processo de criação, comenta:
“(…) Durante minha criação, procuro não ver nada – cinema, teatro, nada – para não me contaminar. Fico alienadíssimo neste sentido”. (Junior, O. 2004)

 

Sobre o que acha importante para criar, declara:
“O elemento fundamental é a verdade, você mostrar o que realmente você queira mostrar, de uma forma poética, expressiva, cômica, etc. A verdade e o amor. Você tem que amar o que está fazendo, porque aí vem a verdade”. (Junior, O. 2004)

Cronologia Profissional

1980 – Recife PE – ator da peça Passageira da Estrela – Teatro SESC Santo Amaro
1982 – Recife PE – ator da peça Como a Lua – Teatro de Santa Isabel
1984/1988 – Recife PE – bailarino do Balé Popular do Recife
1986 – Recife PE – ator da peça O Gato Malhado – Teatro Apolo
1986 – Recife PE – bailarino solista do espetáculo Prosopopéia – Um Auto do Guerreiro, do Balé Popular do Recife.
1986 – Recife PE – Ator da Peça Cegonha Bom de Bico – Teatro Valdemar de Oliveira
1987 – Recife PE – bailarino solista do Espetáculo Nordeste – dança do Brasil, do Balé Popular do Recife
1988 – Recife PE – bailarino do espetáculo Contraste com Traste, do grupo Corpos Populis
1988 – Recife PE – coreógrafo do espetáculo Frevo, Capoeira e Passo – Teatro Guararapes
1989 – Recife PE – bailarino solista do espetáculo Magia – Dança e Tradição, do Balé Brincantes de Pernambuco
1989 – Recife PE – fundador da Cia Trapiá de Dança
[198_] – Recife PE – coreógrafo da peça O Sapateiro do Rei – Teatro Amadores do Cabo
1990 – Recife PE – bailarino no espetáculo Uakti, do Balé Brincantes de Pernambuco
1990 – Recife PE – coreógrafo da peça Grilly na Terra das Bruxas – Teatro Valdemar de Oliveira
1991 – Recife PE – coreógrafo e bailarino solista do espetáculo Chegança, da Cia Trapiá de Dança– Pátio de São Pedro
1992 – Recife PE – ator da Peça Galo Jackson I – Teatro Valdemar de Oliveira
1992 – Recife PE – coreógrafo e bailarino solista do Espetáculo Regia – A lenda, da Cia Trapiá
1993 – Recife PE – coreógrafo e ator da Peça Galo Jackson II – Teatro Valdemar de Oliveira
1994 – Recife PE – coreógrafo e ator da peça Galo Jackson III – Teatro Valdemar de Oliveira
1994 – Recife PE – diretor e bailarino do espetáculo Estrados, da Cia Trapiá
1999 – Garanhuns PE – Coreógrafo e bailarino solista do espetáculo As Três Mulheres de Xangô, da Cia Trapiá – Festival de Inverno de Garanhuns
2003 – Recife PE – coreógrafo do espetáculo Alguém esqueceu Mestre Vitalino, da Cia Trapiá
2004 – Recife PE – coreógrafo do espetáculo Visse Menino, da Cia Trapiá – Teatro do Parque

Observações

As informações desta biografia foram atualizadas até maio de 2004.

plugins premium WordPress Skip to content